Desde que começou a sua carreira no basquete, Michael Jordan tornou-se uma figura incontornável do mundo dos esportes. Não só pela sua habilidade em quadra e pelos seus inúmeros títulos, mas também por sua personalidade ambiciosa e controversa. Uma das suas paixões, além do basquete, era o jogo. E não estamos falando de partidas amadoras entre amigos e familiares, mas sim de jogos de azar em cassinos de Las Vegas.

O vício de Jordan pelo jogo começou a ficar cada vez mais evidente na década de 90, quando o jogador começou a gastar quantidades absurdas de dinheiro em jogos de cartas e apostas esportivas. Os rumores sobre suas perdas financeiras começaram a circular e, após várias investigações, a NBA decidiu multá-lo em uma quantia de 1.25 milhões de dólares por sua ligação com um apostador profissional.

Apesar de nunca ter se declarado publicamente viciado em jogos de azar, Jordan tinha uma relação íntima com a adrenalina que os jogos proporcionavam. Em uma entrevista ao programa 60 Minutes em 1993, ele afirmou que não tinha um problema com o jogo e que se sentia no direito de gastar o seu dinheiro como bem entendesse. No entanto, em seu livro de memórias publicado em 2020, ele admitiu que suas perdas foram, de fato, maior do que ele gostaria de admitir.

O hábito de Jordan em frequentar cassinos na madrugada entre as partidas sempre gerou polêmica e suspeitas. Alguns colegas de equipe e rivais chegaram a afirmar que o seu amor pelo jogo estava prejudicando o seu desempenho em quadra. Mas, como um dos jogadores mais bem pagos de todos os tempos, Jordan sempre teve dinheiro suficiente para gastar em suas extravagâncias. Alguns até afirmam que ele teria ganho quantias exorbitantes em algumas noites de jogo.

Porém, a relação de Michael Jordan com o jogo não se restringia aos cassinos. Em 1992, durante as Olimpíadas de Barcelona, ele foi flagrado em flagrante pelos seguranças dos Jogos jogando dados com jogadores do Dream Team em uma área de alta segurança. O fato causou muitas críticas por parte da imprensa e do público, mas não prejudicou a performance da equipe, que levou a medalha de ouro.

Embora o vício em jogos de azar seja um problema sério, Michael Jordan nunca foi tratado oficialmente por esse problema. A sua imagem de ícone do basquete e do esporte em geral fez com que muitos ignorassem ou até mesmo glamurizassem a sua relação com o jogo. Hoje, Jordan mantém um perfil mais discreto, e as histórias sobre suas noitadas em cassinos já fazem parte do seu passado.

Em resumo, a obsessão de Michael Jordan pelos jogos de azar é um aspecto polêmico e controverso de sua personalidade e carreira. Apesar de nunca ter se declarado publicamente viciado, o jogador deixou bem claro que gostava de correr riscos e de gastar o seu dinheiro em jogos. Essa atitude pode ter prejudicado a sua imagem e a sua performance em quadra, mas também mostrou que, acima de tudo, Jordan era um humano com fraquezas e desejos como qualquer outra pessoa.